quarta-feira, 26 de maio de 2010

MuDança

Mudar, Para muitos nada, para mim Tudo.

De uns dias pra cá vim amadurecendo essa ideia, o mudar de fato. Não foi a toa que passei dois anos e meio da minha vida dizendo que eu ainda tinha tempo. Esse tempo já é chagado e eu não vou deixar passar, não mais.

É difícil a ideia de assumir responsabilidades e perceber que não dá mais pra brincar de jogo da vida (aqueles que você dança conforme a música ou que se nada der certo você vira hippie). Chega um momento de sua vida que você precisa ser algo, que você NECESSITA ser algo e depois de dois anos ou até trinta anos de arrependimento percebe que não lhe resta nada a não ser mudar. Mudança de pensamento, Mudança de atitudes,Mudança de hábitos, Mudança de visual ( por que não?). Mudar nos faz sentir vivos. Nunca deu certo comigo essas listinhas de inicio de ano que você faz com objetivos à serem alcançados. Tentei , mas não houve resultados e foi preciso eu me olhar no espelho e ficar diante dessa “estranha conhecida” para perceber que ela tinha potencial e que o mundo é pequeno em suas mãos. O mundo é pequeno em minhas mãos, eu posso , eu consigo são pensamentos que trago comigo desde que resolvi mudar. Mudar é vida, mudar é renovação. Mudar, mudança, mu dança, dança, dançar. Eu sempre quis aprender a dançar, por que eu nunca fiz antes? dançar é terapia, dançar é libertação da alma. Acho que vou começar a interpretar isso como um sinal. Comecei a juntar tampinha daqueles refrigerantes de lata, não para mim, mas para outra pessoa que desconheço. Soube que uma conhecida de uma amiga minha junta e a cada garrafa de dois litros cheias daquilo ela ganha cem reias para ajudar sua família. E pensei por que não fazer o bem sem saber a quem? Receber para compartilhar. Quando compartilhamos, segundo cabala, chegamos a plenitude. Plenitude essa que nos faz sentir completos, complexos, contentes, coexistentes, co existente, existência, humanidade, human idade, idade, velhice,tempo. Sem que ainda eu morra eu quero ser alguém, eu quero ser a mudança, eu quero ser a dança, eu quero ser o bem sem olhar a quem, eu quero ser a lembraça, eu quero ser uma pessoa melhor, eu quero me reconhecer no espelho.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Desabafo sem fim.

Quero me desprender de mim, afogar as máscaras que não me deixam ser quem sou. Quero ser a minha consciência, a minha vontade, a minha ira, as minhas ideias, ser a pessoa que eu sou no íntimo dos meus pensamentos e opiniões. Por que nós camuflamos os nossos sentimentos? por que nós disfarçamos aquilo que mais gostamos? Medo, talvez. Medo do padrão da sociedade, medo de ser julgado, medo de ser ridículo, medo de ser mal interpretado, medo, medo, medo. Ahhhh esse sentimento que sufoca o meu "eu", que esmaga as minhas melhores vontades. Sim, porque as melhores vontades(aquelas bem perigosas) são aquelas que nos causam medo, angustia, receio... Ouço muito dizerem que crianças são puras, ou melhor, sinceras. E por que não ter mais essa sinceridade quando adulto que, por ventura, a tivemos um dia? A perdemos? esquecemos? modificamos? Fato que não é a mesma depois de alguns anos. Me refiro a essência da sinceridade e não a que, hoje, é dita da boca pra fora, aquela que podemos comparar a de uma criança (para quem estiver se questionando se sinceridade muda). Por que nos deixamos corromper pelo pudor da sociedade? as vezes eu adoraria dizer aquela "pessoa" que ela é arrogante e prepotente, mas não o faço, assim como muitas pessoas não o fazem (bem aventurado aqueles que o fazem), por que nós seres humanos temos o péssimo hábito de ver o errado, dar bom dia, e passar por ele despercebido, que não convém causar conflitos. Todo mundo quer estar bem com todo mundo, muitas vezes não estando bem consigo mesmo. As vezes alivia falar o que pensa, escrever o que pensa, cantar o que pensa, qualquer que seja a forma de dizer o que pensa, desde que o diga. Alivia até mesmo soltar aquele palavrão que substitui tantos outros xingamentos internos. Eu quero deixar esse espírito comedido que há em mim, quero deixar a falta de atitude, o monstro que é pensamento oculto, o medo de me envolver. O que eu mais quero é que o que eu mais quero me envolva.